RESUMO: Na contemporaneidade as relações amorosas estão se caracterizando pela pluralidade, diversidade e pela facilidade e frequência com que ocorrem rupturas e novas uniões. No entanto, neste novo contexto, também continuam existido relações que se mantêm ao longo do tempo e que também precisam ser estudadas. Esta investigação teve como objetivo analisar os motivos que levam as pessoas a manterem uma união conjugal de longa duração, definida como vinte anos ou mais, bem como os fatores facilitadores e dificuldades para a manutenção de tais uniões. Trata-se de um estudo qualitativo, em que a coleta de dados foi realizada através de entrevista semi-estruturada, submetida à análise de conteúdo. Os participantes foram três mulheres e três homens na faixa etária de 50 a 63 anos com tempo de duração de união conjugal entre 23 e 33 anos. Os principais motivos apontados para a manutenção de uniões de longa duração foram a afetividade, o convívio caracterizado pelo companheirismo, respeito e compreensão mútuos e pela habilidade pessoal dos parceiros. Como fatores facilitadores foram apontados fatores afetivos, fatores relacionais e valores compartilhados. O aspecto econômico foi identificado como um fator dificultador, no entanto, não enseja rompimento de união face aos outros aspectos destacados pelos participantes como saudáveis e maduros da relação. REFERÊNCIAS Carter, B. & MccGoldrick, M. (2001). As mudanças no ciclo vital da família. Porto Alegre: Artmed, 2001. Cenci, C M. B. (2004). Adeus às ilusões sobrevivendo ao cotidiano cultural. In: C.M.B, Cenci., M, Piva & V.R.T. Ferreira (org) Relações Familiares: uma reflexão contemporânea. Passo Fundo: UPF Zordan, E. P., Falcke, D. & Wagner, A. (2009). Casar ou não casar? Motivos e expectativas com relação ao casamento. Psicologia em Revista,v.15.,n.2