Esta pesquisa trata das relações atuais entre estresse, infertilidade e conjugalidades, refletindo a experiência cotidiana da autora em clínicas de Reprodução Humana Assistida da cidade de Curitiba, onde trabalha no acompanhamento de casais que se deparam com a infertilidade e suas repercussões. O objetivo é demonstrar que casais que se defrontam com a infertilidade apresentam ou não sintomas semelhantes de estresse, o que pode sugerir um quadro característico de estresse na infertilidade assim como a possível interferência de efeitos vinculares na expressão do problema.Parte, inicialmente, da contextualização da infertilidade e seu significado no mundo contemporâneo, relacionando-a com o estresse e suas conseqüências para os casais envolvidos. Aborda referencial teórico e trabalhos recentes na área bem como a pesquisa realizada pela autora nos anos de 2009 e 2010. Conclui dizendo que os sintomas apresentados pelos casais nos diversos momentos do tratamento reprodutivo são semelhantes, do que se pode deduzir a possibilidade de se falar de um quadro com sintomas específicos de estresse na infertilidade; que a resposta-enfrentamento à infertilidade é do casal, confirmando a pertinência da denominação casal infértil, atualmente utilizada médica e psicossocialmente, em lugar de individuo infértil; que, a resposta do casal diante da infertilidade parece refletir os efeitos do e no vínculo, importante elemento para compreensão do que acontece no quadro dos problemas da fertilidade nas conjugalidades. Palavras chave: infertilidade, estresse,conjugalidades, contemporaneidade.