A infidelidade é um tema muito presente no trabalho com casais e em períodos pós-modernos amplia-se o campo para o surgimento de novas modalidades, não se limitando ao contato físico com um terceiro e envolvendo relações de proximidade, intimidade e deslealdade/lealdade. Ela se faz presente nas entrelinhas do cotidiano produzindo dor, desconforto, desconfiança e desassossego além de sentimentos de inadequação e redução da auto-estima, provocando reações de raiva, vingança ou mesmo a morte. O objetivo deste trabalho é fazer uma correlação entre a infidelidade e a deslealdades presentes na repetição de padrões intergeracionais familiares. Por meio de um estudo de caso e utilizando como instrumento o Genograma Construtivista, procuraremos mostrar como a infidelidade pode ser vista como um padrão repetitivo de lealdade familiar em 3 gerações, assim como seu significado é mais próximo da deslealdade do que da traição. Baseamos nossa epistemologia em Boszormenyi-Nagy e Spark (2008), Pittman (1994) e Cerveny (2000). BIBLIOGRAFIA Boszormeny-Nagy, I.; Spark, G.M. (2008). Lealdades invisibles. Reciprocidad en terapia familiar intergeneracional. 3a.Edição. Buenos Aires. Amorrortu Editores. Cerveny, C.M.O. (2000). A familia como modelo. Desconstruindo a patologia. São Paulo. Ed. Livro Pleno. Cunha, A. G. (1986). Dicionário Etimológico da Lingua Portuguesa. Rio de Janeiro. Ed Nova Fronteira. Pittman, F. (1994). Mentiras Privadas. A infidelidade e a traição da intimidade. Porto Alegre. Artes Médicas. Umbarger, C. (1983). Strutural family therapy. Nova Iorque. Grune&Stratton, Inc. Filme Frida. (2002). Direção de Julie Taymor. Miramax Film.