58. O RELACIONAMENTO AMOROSO E A SEXUALIDADE EXPRESSOS NAS REVISTAS FEMININAS E MASCULINAS

ELIANA ZORDAN1; MARLENE NEVES STREY2; ÈLEN KUREK3. 1,3.URI, ERECHIM - RS - BRASIL; 2.PUC, PORTO ALEGRE - RS - BRASIL.

A sexualidade é um aspecto importante da vida de homens e mulheres e pode ser vivenciada em diferentes relacionamentos, envolvendo ou não os sentimentos amorosos, com maior ou menor grau de compromisso, formalizados ou não. Já as relações amorosas envolvem a sexualidade e a expectativa de maior compromisso. Constatamos que, na contemporaneidade, estamos diante de uma pluralidade de relacionamentos e configurações amorosas e sexuais. A maneira como as pessoas experienciam o relacionamento amoroso e sexual é influenciada por vários fatores que incluem o contexto histórico, social e cultural. Como um componente importante do contexto, destaca-se a mídia que circula valores que são expressões de sentido dadas tanto por quem produz, quanto por quem recebe a mensagem. A mídia ao mesmo tempo que participa da constituição de sujeitos é também por eles constituída. Com o amplo desenvolvimento observado em todos os meios de comunicação de massa, aumenta também a sua capacidade de transmitir potencialmente mensagens ideológicas nos contextos práticos da vida diária. Nesta perspectiva, a mídia, através dos diferentes veículos, exerce uma influência muito grande sobre as pessoas pois leva à padronização de comportamentos, refletindo os conceitos e as ideias que circulam na sociedade e no cotidiano social. Atualmente a mídia é percebida e estudada como uma das grandes formadoras do ambiente social, pois molda opiniões, fabrica estilos de vida, sugere novos jeitos de ser, modela corpos, condena ou reifica comportamentos, produz, reproduz e coloca em evidência valores e legitima práticas sociais. Nesta perspectiva, este estudo teve como objetivo verificar como algumas revistas femininas e masculinas nacionais abordam os temas relacionamento amoroso e sexualidade. O corpus desta investigação foi constituído pelas revistas femininas Claudia e Nova e masculinas Playboy e Vip, edições de abril a agosto de 2009 e os dados foram submetidos à análise de conteúdo. Nas revistas femininas, prepondera a ideia de que os relacionamentos podem ser plenos de sexo e prazer e que, no fundo, as mulheres querem manter uma relação estável e duradoura, serem mães e terem uma família. Já nas masculinas é explicitada predominantemente a idéia de relacionamento amoroso-sexual sem compromisso. Palavras-chave: relações amorosas; sexualidade, revistas femininas, revistas masculinas, mídia Referências Maksud, I. (2008). Sexualidade e mídia: discursos jornalísticos sobre o “sexual” e vida privada. Psicologia em Estudo, 13(4), 663-671. Strey, M. N. (2008). Encenando gênero: a midiação da cultura no dia-a-dia das mulheres. In M. N. Strey, M. E. V. M. Wilke, R.A. Rogrigues, e V.G. Balestrin (Orgs), Encenando gênero: cultura, arte e comunicação, (pp.07-21). Porto Alegre: Edipucrs. Winck, G. E. (2008). Saindo da mídia para entrar na média: masculinidade e relações de gênero nos discursos midiáticos. In M. N. Strey, M. E. V. M. Wilke, R.A. Rogrigues, e V.G. Balestrin (Orgs), Encenando gênero: cultura, arte e comunicação, (289-305). Porto Alegre: Edipucrs.