06. A IMPORTÂNCIA DA MEDIDA CAUTELAR DE AFASTAMENTO DO AUTOR DE VIOLÊNCIA DO LAR

MARIA INES AMARAL SANTOS. NUSELON, LONDRINA - PR - BRASIL.

A importância da medida cautelar de afastamento do autor de violência do lar Autora: Maria Inês Amaral Santos O presente estudo se refere ao relato de experiência profissional ao atendimento de uma família com vivência de abuso sexual intrafamiliar. O atendimento ocorreu no Creas III de Londrina. O objetivo da apresentação do estudo de caso será mostrar através da discussão do tema proposto, o sofrimento da vítima de abuso sexual em ter que conviver com o autor da violência sob o mesmo teto. O abuso sexual contra crianças e adolescentes é um crime considerado grave, segundo Kornfield (2002), abuso sexual inclui qualquer ato, atitude ou comportamento que viola sexualmente os limites físicos e psíquicos da criança ou adolescente. Ele inclui, também uma variedade de insinuações e toques que visam aproveitar sexualmente da criança ou adolescente de modo dominador. Uma situação de abuso sexual envolve todo o sistema familiar no que diz respeito ao sofrimento causado pela situação. Nos casos de incesto a família lida com uma situação muito mais delicada porque envolve alguém ligado por laços de consanguinidade ou afinidade. Tilman Furniss (2002) considera que uma terapia individual ou familiar que é conduzida sem levar em consideração a questão de proteção à criança nas situações de abuso sexual, permite que o abuso continue sob crescente ameaça caso a vítima revele. Isso ocorre quando terapeutas esperam chegar à proteção lidando com aspectos circulares e interpessoais de relacionamento que são tratados na terapia. Após a saída do autor da violência da moradia comum abre-se para a família e a vítima a possibilidade de uma nova construção. O caso relatado a seguir, é de uma situação de incesto, e objetiva demonstrar o processo desta nova construção pelo qual passou a família em questão. A metodologia usada foi o atendimento familiar que se deu através de procedimento e técnicas apropriadas à família incestogênica, onde estrutura, subsistemas e fronteiras foram trabalhados devido a inversão na hierarquia e a conseqüência de regras veladas que perpetuam padrões de conduta disfuncionais, além da falta de limites pessoais e interrelacionais. O atendimento a essa família teve uma duração de 14 meses. Palavras Chave: Medida Cautelar; incesto, nova construção. Referências bibliográficas: FERRARI, D.C.A. & Vecina, T.C.C. (2002). O Fim do Silêncio na Violência         Familiar. São Paulo: Ágora. FURNISS, T. (2002). Abuso Sexual da Criança. Porto Alegre: Artes Médicas. KORNFIELD, D. (2002) Vítima Sobrevivente e Vencedor. São Paulo: Sepal. Médicas.NICHOLS. M.P. & SCHUARTZ, R.C. (1998). Terapia Familiar. Porto Alegre: Artes