É crescente o número de pessoas que desejam formar uma família através da adoção. O aumento do número de interessados em adotar e a incompatibilidade entre o perfil da criança desejada e as disponíveis para adoção, provocaram um aumento significativo no tempo de espera pelo filho desejado, assim como mudanças legais e diferentes procedimentos jurídicos. A incerteza diante da questão “Quanto tempo se espera por um filho adotivo?” via de regra, provoca muita ansiedade naqueles que depositam na Justiça o desejo filiação. As expectativas que envolvem a chegada de um filho adotivo, a escolha do nome, a inserção desse nas famílias nuclear e extensa e ainda o posicionamento da família em relação a história pregressa da criança precisam ser consideradas quando nos dedicamos a trabalhar com adoção e com as famílias adotivas. Esse trabalho tem o objetivo de refletir sobre algumas questões que envolvem a construção de uma família pelas vias da adoção; o tempo de espera por um filho, real e emocional; as implicações de uma gestação biológica e de uma jurídica, assim como as peculiaridades que envolvem o desenvolvimento da criança e da família adotiva. Através da apresentação do caminho percorrido pelas pessoas que desejam adotar os seus filhos e das mudanças legais mais significativas, discutiremos o lugar do terapeuta de família nas questões que envolvem as famílias e a Justiça, assim como o trabalho desenvolvido pela autora com as famílias adotivas desde o seu nascimento passando pelas etapas mais significativas do seu Ciclo Vital. Palavras Chave: Adoção; Famílias; Justiça; Tempo e Ciclo Vital. CARTER, B E MCGOLDRICK, M. & COLABORADORES – As Mudanças no Ciclo de Vida Familiar, uma estrutura para a terapia familiar. Artes Médicas. Porto Alegre, 2ª Ed.,1995. HAMAD, N. - A criança adotiva e suas famílias. Companhia de Freud, Rio de Janeiro, 2002. PAIVA, L. D. - Adoção, Significados e Possibilidades. Casa do Psicólogo Livraria e Editora. São Paulo, 2004.