Como terapeuta de família, cujo trabalho vem se desenvolvendo, em grande parte, com famílias adotivas, a autora chama a atenção, através desse trabalho, para uma tendência atual das adoções. Portanto, objetivo é de apresentar reflexões baseadas em argumentos teóricos e prática clínica sobre a Família PÃE, definida como aquela que se funda pela adoção de uma criança por um adulto solteiro. Famílias uniparentais, onde as funções materna e paterna são de responsabilidade de uma só pessoa. É uma família que em geral tem um relacionamento expandido com sua rede social, afim de dividir as responsabilidades cotidianas inerentes às famílias com crianças pequenas e também, para diversificar as possibilidades de vínculos afetivos. A terapia familiar é um dos pontos dessa rede social com o objetivo de ajudar nos diálogos necessários para a construção desse pertencimento. Serão discutidos alguns casos clínicos fundamentados nos seguintes temas: os encontros e desencontros dos casais na contemporaneidade; as adoções como forma de realização de uma maternidade/paternidade em fase tardia da vida; a rede social pessoal como uma forma de ampliação dos limites da família e a clínica de terapia familiar como recurso para a construção dessa família.