10. ADVERSIDADE E RESILIÊNCIA - O QUE FAZER QUANDO A VIDA NOS TIRA DO RUMO?

SOLANGE BLUVOL1; MARCIA RUBINSZTAJN2; JORGETE DE ALMEIDA BOTELHO3; SILVIA HELENA SIMOES ROMANO4. 1.NUCLEO, RIO DE JANEIRO - RJ - BRASIL; 2,3.NOOS, RJ - RJ - BRASIL; 4.SPID, RJ - RJ - BRASIL.

ADVERSIDADE E RESILIÊNCIA. O QUE FAZER QUANDO A VIDA NOS TIRA DO RUMO? Esse trabalho visa compartilhar a experiência do Grupo Rumo em um atendimento emergencial à algumas famílias que passaram pela catástrofe ambiental ocorrida em janeiro de 2011 em Itaipava, distrito de Petrópolis, RJ.Esse atendimento ocorreu no período de um ano no Jockey Club do Rio de Janeiro. O impacto das perdas de vidas humanas, bens materiais e da ruptura do curso de vida dos envolvidos produziram na equipe terapêutica uma reestruturação do modelo de atendimento. Através da diversidade de suportes teóricos dos profissionais desenvolvemos uma proposta de trabalho que atendeu a demanda emocional do grupo, como também, facilitou sua atuação em diferentes settings terapêuticos que iam se criando conforme as disponibilidades do momento. Apoiados no pensamento sistêmico, na tanatologia e nos grupos reflexivos, criamos um campo de afetação mútua onde gerou a transformação de todos os envolvidos no processo. Acreditamos que a presença da equipe terapêutica promoveu a construção de uma rede de sustentação às famílias, facilitando a resignificação do trauma. A partir da tragédia ocorrida, equipe/família puderam através de mobilização interna e externa abrir novas possibilidades de interação e de ajuda. A experiência de luto é uma das experiências mais dolorosas e intensas, não só para quem a vivencia como também, para aqueles que a testemunham. O trauma pára o relógio, mas pode voltar a funcionar. Vítimas e heróis ao mesmo tempo, resgatam a essência de suas potencialidades e assim se fortalecem para que possam dar prosseguimento às suas vidas. Objetivo: Propiciar aos participantes uma vivencia onde poderão experimentar e acionar os próprios recursos internos despertando a capacidade de resiliência de cada um, para que seja usado posteriormente de forma criativa e transformadora em sua prática clínica. Metodologia: workshop teórico-vivencial com exposição do caso clínico através do data show e vídeo, exercícios e dramatizações. Referências Bibliográficas: Bowlby, J. (1998). Apego e Perda; MacGoldrick. M.(1995) - Mudança do Ciclo Familiar; Torres; W. C.(1999) – A Criança diante da Morte. Walsh, F.(1998) - Morte na Família - Sobrevivendo às Perdas; Mazorra.L..e Tinoco.V.(2005) - Luto na Infância, Andersen, T.(1996) - Processos Reflexivos; Bluvol.S.(1987)-Não Me Deixe Morrer Sozinho: A Criança Terminal e a Equipe Multidisciplinar .Tese apresentada à Escola Brasileira de Psicanálise e Etologia.Rio de Janeiro,RJ ,Brasil. Palavras chave: Rumo, Luto, Resiliência,Criatividade,Potencialidades.