19. CUIDANDO DE QUEM TRABALHA COM A CULTURA DA PAZ EM NOSSOS DIAS

MARIA RITA DANGELO SEIXAS. ESOFS, SAO PAULO - SP - BRASIL.

Tema: Cuidando de quem trabalha com a Cultura da Paz em nossos dias Objetivo Este trabalho se propõe a mostrar a importância da capacitação para cuidar de quem Se propõe a trabalhar pela construção da Paz social. A pessoa que trabalha direto com famílias com violência, precisa colocar suas emoções para alguém e ser cuidada. Além disto, precisa estar continuamente em capacitação, devido às situações extremamente delicadas que deve enfrentar. Estes profissionais são direta ou indiretamente agredidos o tempo todo e devem saber como responder sem agressão, pois é unanimidade entre as pessoas que trabalham com a reconstrução da Paz, que não se combate agressão com agressão. Precisamos compreender que o mundo atual, devido a inúmeros fatores, vive dominado por uma cultura de violência, embora coexista com esta, a cultura de paz, Esta Cultura, entende a Paz como Justiça para todos e os que dela participam, tudo fazem para implanta-la, criando um novo mundo. Para isto é necessário que se seja ao mesmo tempo, sonhador, desbravador e saiba lidar com a própria agressividade. Sabemos também, que a pessoa agredida, principalmente em seu núcleo familiar, tem muita possibilidade de vir a SER UM AGRESSOR, pois a mesma família que forma e constrói pode destruir e adoecer seus integrantes. Queremos que os participantes desta vivência reconheçam sua própria agressividade, aprendam a lidar adequadamente com ela e consigam entender a família e também o agressor dentro de seu contexto social e familiar, para poder tratar deles com com-paixão (paixão pelo outro), solidariedade. Metodologia Pretendemos construir com o grupo, as características destas duas Culturas coexistentes em nossa sociedade e através de jogos dramáticos, fazer com que os participantes revivam emoções de violência experimentadas ou presenciadas em suas vidas, bem como identifiquem a qual destes dois tipos de Cultura pertencia sua matriz de identidade e como poderão aproveitar suas vivências familiares, para identificar e reconhecer as pérolas que cultivaram durante sua vida a partir delas, que os preparou para hoje como terapeutas, cuidarem dos casos de violência que aparecerem. Bibliografia Botura, Jr. W. Agressões silenciosas: o contágio pela comunicação. São Paulo: República Literária, 2001 ► Jares, X.R. Educar para a paz: em tempos difíceis. São Paulo: Palas Athena, 2007 ► Maldonado,M.T. Os construtores da paz : caminhos de prevenção da violência. São Paulo: Moderna, 1997 ► MARCOS,L.R. Las semillas de la violencia. Madrid, Editorial Espasa Calpe S.A., 2004. ► Miller, M. S. Feridas invisíveis: Abuso não físico contra a mulher. São Paulo: Summus; 1999 ► MONTAGU,A. Naturaleza de la agresividad humana. Madrid, Alianza, 1990. ► Montoro, G.C.F. O apego. in Temas em terapia familiar. Castilho ,T. São Paulo, Plexus,1994 ► ROSEMBERG ,M.B. Comunicação não violenta: Técnicas para aprimorar relacionamentos pessoais e profissionais. São Paulo: Ágora, 2006 Mini Curriculum Psicóloga, Psicodramatista, Especialista em Terapia Familiar, Terapeuta Comunitária, Mestre, Doutora em Psicologia.