Introdução: A família que vive a perda de um membro por suicídio é lançada a uma situação de grande fragilidade psíquica. O suicídio resulta no luto mais difícil de ser elaborado. Nas famílias enlutadas por suicídio ou com uma pessoa potencialmente suicida detecta-se, quase sempre, sentimentos de culpa, raiva, vergonha, pensamentos distorcidos e a sensação de abandono. Os familiares também se encontram em um grupo de maior risco de suicídio devido aos mecanismos projetivos de identificação que podem ocorrer, bem como, devido a predisposição genética. Objetivos: a) conhecer a dinâmica psicológica da família em situações de perda por suicídio ou quando tem um membro potencialmente suicida b) auxiliar a correção de negação e distorções; c) possibilitar espaço de conversação e criação de novas narrativas sobre a perda por suicídio de um ente querido ou quando da proximidade de um membro com comportamento suicida . Método: estudo teórico-prático sobre situações de famílias com membros suicidas, focalizando o trabalho do terapeuta de família ao abordar esse fenômeno. Resultado: Famílias que compartilham seus sentimentos: culpa, raiva, medo, vergonha, impulsos auto destrutivos e tem consciência da hostilidade direcionada a membros do núcleo familiar, podem ser ajudadas a evitarem o isolamento social e facilitarem o processo de elaboração do luto. Referências: Correa, H. & Barrero, S. P. (2006). Suicídio: uma morte evitável. São Paulo: Atheneu ; Meleiro, A. ; Teng, C. H. & Wang,Y. P. ( 2004 ) Suicídio – estudos fundamentais. São Paulo: 2004 ; Walsh, F; McGoldrick, M (1998). Morte na família: sobrevivendo às perdas. Porto Alegre: Artmed.