Viver relações familiares onde seus integrantes se sintam respeitados e tenham seus lugares devidamente reconhecidos tem se tornado um desafio crescente na pós-modernidade, justificando a assistência oferecida na Terapia Familiar. Aceitar o diferente e respeitá-lo é fundamental e para tanto, é importante conhecer a estrutura da família, sua composição e como seus membros interagem entre si e com o ambiente. O genograma é um instrumento gráfico que contribui para que se conheça a constelação familiar multigeracional, onde as informações das famílias de origem são reunidas, incluindo suas relações e interações. (Cerveny & Prado, 2008) Trata-se de um estudo de caso em que se objetivou oferecer à família a melhoria da comunicação entre seus membros devido a um elevado nível de estresse em função de um de seus elementos ser portador do vírus HIV e apresentar co-infecção de Hepatite C. Foram analisados fatores de risco e proteção existentes nesta família durante o tratamento médico com a utilização de medicamento especifico para portadores de Hepatite. Dentre os recursos teóricos utilizados da terapia familiar sistêmica houve destaque ao Genograma onde se concluiu que esta técnica possibilitou que a família se reconhecesse como participante no processo de coleta de informações com suas características inter-relacionais incluindo laços afetivos positivos e negativos, bem como padrões de comportamento que se repetiram entre as gerações, favorecendo mudanças no padrão relacional com aumento da satisfação de seus integrantes.