21. FAMÍLIA E DROGAS: FATORES DE RISCO E FATORES DE PROTEÇÃO AO USO DE SUBSTÂNCIAS PSICOATIVAS

LIARA SILVESTRI; TAÍSA NADJARA KOPPER; ÈLEN KUREK; ELIANA ZORDAN. UNIVERSIDADE REGIONAL INTEGRADA DO ALTO URUGUAI E DAS MISSÕES - URI - CAMPUS DE ERECHIM, ERECHIM - RS - BRASIL.

O uso de drogas na sociedade contemporânea vem se tornando um problema mundial de saúde pública de extrema importância, por trazer sérios agravos à saúde física e mental dos usuários. Frente a esta realidade é importante identificar os fatores de risco e de proteção em relação ao uso de drogas. Os fatores de risco são definidos como aquelas circunstâncias sociais e/ou pessoais que tornam as pessoas vulneráveis a assumir comportamentos arriscados, como usar drogas. E os fatores de proteção são aqueles que contrabalançam as vulnerabilidades, diminuindo as chances de assumir esses comportamentos. Os estudos apontam que estes fatores estão relacionados a seis aspectos da vida: individual, familiar, escolar, midiático, amigos e comunidade. Neste sentido, esta pesquisa bibliográfica teve como objetivo levantar os fatores de risco e de proteção apontados nas investigações desenvolvidas no nosso país especificamente quanto aos aspectos familiares. Os resultados apontaram como fatores de risco para o envolvimento de jovens com as drogas os seguintes: vínculos frágeis com a família, história familiar de alcoolismo e uso de outras substâncias, relacionamentos familiares disfuncionais e atitudes positivas para o uso. Além destes, foram destacados outros fatores de risco tais como maus tratos físicos, abuso sexual, problemas emocionais, dor e enfermidades crônicas e separação dos pais, Quanto aos fatores de proteção foram apontados o bom relacionamento familiar, laços afetivos fortes entre os membros da família, pais que acompanham, monitoram e se envolvem com os filhos, regras claras de disciplina adequada à idade, atitude claramente contrária às drogas, modos atrativos de ocupar o tempo livre, fortes laços com instituições, tais como escola, organizações religiosas e sucesso nos empreendimentos como, por exemplo, nos estudos, esportes. A partir da perspectiva ecológico-sistêmica, os projetos de intervenção quanto à prevenção ao uso de drogas, bem como de tratamento e de reabilitação devem considerar os fatores de risco e de proteção nos seis domínios da vida. Arald, J. C. Njaine, K & Oliveira, M. C. de, (2011). Família e escola: uma parceria possível na prevenção de uso de drogas entre adolescentes. In L. C. Osorio & M. P. Valle (org.). Manual de terapia familiar. Volume II. Porto Alegre: Artmed Cartana, M. do H. F., Santos, S. M. A. dos., Fenili, R. M. & Spricigo, J. S. (2004). Prevenção do uso de substâncias psicoativas. Texto & contexto enferm;13(2):286-289. Recuperado em: 11 de dezembro, 2012, de http://bases.bireme.br/cgibin/wxislind.exe/iah/online/?IsisScript=iah/iah.xis&src=google&base=LILACS&lng=p&nextAction=lnk&exprSearch=458731&indexSearch=ID Roehrs H., Lenardt M. H. & Maftum M. A. (2008). Práticas culturais familiares e o uso de drogas psicoativas pelos adolescentes: reflexão teórica. Escola Anna Nery Rev Enferm; 12 (2): 353 – 7. Recuperado em: 14 de março, 2012, de http://www.scielo.br/pdf/ean/v12n2/v12n2a24.pdf Schenker, M. & minayo, M. C. de S. (2003). A implicação da família no uso abusivo de drogas: uma revisão crítica.. Ciênc. saúde coletiva, Rio de Janeiro