07. A PESSOA COM DEFICIÊNCIA E O SISTEMA FAMILIAR

PAULO KROEFF KROEFF. UFRGS, POA - RS - BRASIL.

Tema: A pessoa com deficiência e o sistema familiar Objetivo: O objetivo do trabalho é aventar algumas das dificuldades que o sistema familiar como um todo enfrenta quando um de seus membros tem uma deficiência, e a necessária mobilização de recursos familiares e comunitários para lidar com este fato, que pode ser definido como uma crise ou trauma. Metodologia: Foi utilizada uma revisão da literatura, recortes de atendimentos clínicos de pessoas com deficiência e seus familiares e a análise de um conto de Lya Luft para relacionar as dificuldades experienciadas pelos diversos subsistemas da família – indivíduo, casal/pais, irmãos, família extensa, além da comunidade em geral – inferindo-se a partir daí, as atuações necessárias para um terapeuta familiar. As conseqüências do nascimento de uma pessoa com deficiência são múltiplas, afetando a todos: os membros individuais e o próprio casal, os demais membros da família, a sociedade em geral, vindo a ter também conseqüências, obviamente, para esta pessoa que nasce com alguma deficiência. É importante ressaltar que as eventuais dificuldades que serão discutidas como possíveis numa família com uma pessoa com deficiência não necessariamente estarão presentes, e nem são exclusivas destas famílias. Há uma possibilidade maior de seu aparecimento, mas sua efetiva ocorrência depende do desenvolvimento e da maturidade que as pessoas e os sistemas e subsistemas já tiverem alcançado ou conseguirem desenvolver. Trabalha-se inicialmente com a definição atualmente aceita de pessoa com deficiência, a partir da legislação vigente, que abarca em torno de 15% da população brasileira: “pessoas com deficiência são aquelas que têm impedimentos de natureza física, intelectual ou sensorial, os quais, em interação com diversas barreiras, podem obstruir sua participação plena e efetiva na sociedade com as demais pessoas”. Trabalha-se com a definição de crise oferecida por Pittmann III, e como esta se pode desenrolar no indivíduo, no casal, no sistema fraterno, na família extensa e na comunidade, alertando para conseqüências danosas caso não sejam consideradas as ações apropriadas. Referências Bibliográficas: Bell, Norman W. (1981). Relaciones com la família extensa en las famílias perturbadas y sanas. IN Nathan W. Ackerman y otros. Grupoterapia de la família extensa. Buenos Aires: Ediciones Horme. Brown, Fredda Herz (1995). O impacto da morte e da doença grave sobre o ciclo de vida familiar. Em B. Carter e M. McGoldrick As mudanças no ciclo de vida familiar – Uma estrutura para a terapia familiar. Porto Alegre: Artes Médicas. Buscaglia, Leo F. (1993). Os deficientes e seus pais – Um desafio ao aconselhamento. Rio de Janeiro: Record. Buscaglia, Leo F. (1982). O papel da família na reabilitação da criança deficiente. Vida e Saúde, p. 15. Carvalho, Juliana (2010). Na minha cadeira ou na tua? São Paulo: Terceiro Nome.