21. O IDOSO NA FAMÍLIA: VIVEMOS MAIS... ESTAMOS PREPARADOS?

ROSEMARY DAMASO PADILHA1; CARLA TERESINHA CRAMER2. 1.AMANAPAZ, CURITIBA - PR - BRASIL; 2.CENTRO UNIVERSITÁRIO FAE, CURITIBA - PR - BRASIL.

O aumento da perspectiva de vida do ser humano, decorrente do avanço das ciências em geral, da Medicina e da indústria farmacêutica em particular, somado ás mudanças nas estruturas e no funcionamento dos sistemas familiares, leva ao questionamento do lugar, do papel e do espaço do idoso na família e na sociedade atual. Com a queda no número de nascimentos e o aumento da longevidade, a perspectiva da sociedade humana é de inversão da pirâmide representativa da população, aumentando o percentual de adultos e progressivamente de idosos, o que vem sendo confirmado pelos últimos censos (IBGE, 2010; Reis, 2011). A constatação de que haverá cada vez mais velhos e menos crianças, menos descendentes jovens e mais idosos com necessidade de assistência, levanta questões importantes sobre o preparo das famílias para conviver com a nova realidade dessa fase do ciclo vital (Mattos, 2009; Carter & McGoldrick, 1995). A Organização Mundial da Saúde classifica o envelhecimento em quatro estágios: meia idade – de 45 a 59 anos; idoso – de 60 a 74 anos; ancião – de 75 a 90 anos e velhice extrema – de 90 anos em diante (Simões, 1994). Uma das autoras deste trabalho, psicoterapeuta de família, ela própria idosa, segundo a classificação citada, levantou várias questões a respeito do tema, a partir da experiência em sua família com um membro no estágio de “velhice extrema”, atualmente com 96 anos de idade. Entendendo que as questões levantadas podem ser consideradas universais, propõe-se apresentá-las para serem discutidas neste evento científico, no formato de workshop, com o objetivo de ampliar as alternativas de respostas a questões de ordem prática que os terapeutas de família enfrentarão, tanto no exercício da profissão como em suas vidas familiares e pessoais. Os questionamentos dizem respeito tanto à definição de necessidades do idoso em particular quanto às alternativas de formas de atendimento de tais necessidades; à definição e à distribuição de papéis, funções (Padilha, 2004) e tarefas entre os membros do sistema familiar, independente de o idoso permanecer em sua própria residência, morar com membros da família, ser internado em instituições ou outras formas de moradia. Referências: Carter, B. & McGoldrick, M. (1995). As mudanças no ciclo de vida familiar. Porto Alegre: Artes Médicas. Mattos, E.T.B.M. (2009). Família com Idosos, in L.C. Osório & M.E.P.V. (Orgs) Manual de Terapia Familiar. Porto Alegre, RS: Artmed. Padilha, R. D. (2004). Mediação sistêmico Integrativa: família e escola construindo uma cultura de paz. Curitiba: Amanapaz. Reis, L. M. A. (2011). Novos Velhos: viver e envelhecer bem. Rio de Janeiro: Editora Record. Simões, R. (1994). Corporeidade e terceira idade. Piracicaba: Unimep.