26. PSICOLOGIA POSITIVA: APLICAÇÕES CLÍNICAS COM FAMÍLIAS E CASAIS

EDNA LÚCIA TINOCO PONCIANO. UERJ, RIO DE JANEIRO - RJ - BRASIL.

A Psicologia Positiva é um campo de pesquisa e de intervenção, tendo sido iniciado como um movimento liderado por Martin Seligman, enquanto presidente da American Psychological Association (APA), no ano de 1998. O mote desse movimento é o da formulação de uma nova perspectiva para a Psicologia que, tradicionalmente, concentrou-se sobre a compreensão e a intervenção nos quadros psicopatológicos. Sua proposta é a de desenvolver investigações empíricas a respeito das qualidades humanas, de suas forças e aspectos virtuosos, estimulando novas formas de pesquisa, teorização e de prática que fomentem a compreensão sobre a saúde e o bem-estar físico e emocional, promovendo-os. Inicialmente, a Psicologia Positiva não tem como propósito criar uma nova abordagem terapêutica, mas tem crescido o interesse e a divulgação de técnicas e práticas interventivas baseadas em suas pesquisas empíricas. Desse modo, a partir da preocupação científica de comprovar como o ser humano desenvolve o seu potencial para viver plenamente, vertentes terapêuticas têm sido construídas. Entendendo a Terapia de Família e de Casal como uma prática terapêutica que trabalha com os recursos e o potencial de seus clientes, há vários pontos de interseção possíveis, desde uma perspectiva que enfatize a importância da relação para a promoção de saúde. Recentemente, a preocupação em compreender o papel do ambiente positivo e do contexto facilitador torna os dois campos ainda mais próximos. O objetivo desse workshop é o de apresentar esse campo de práticas interventivas baseadas na Psicologia Positiva que podem ser utilizadas na Terapia de Família e de Casal. Para tanto, a metodologia empregada é a teórico-vivencial, sendo orientada pela seguinte organização: cada informação conceitual será explorada e discutida a partir da experimentação de técnicas correlatas. Dentre os conceito-técnicas, serão trabalhados as forças do caráter, o reconhecimento das forças, os valores, a declaração de missão, as emoções positivas e o flow, dentre outras, especificando o uso com famílias e casais. Como resultado, após introdução e experimentação dessa proposta, espero que os participantes sejam despertados a utilizar essa nova fonte de ferramentas na prática clínica com famílias e casais. Referências Fredrickson, B. L. (2009). Positividade. Rio de Janeiro: Rocco. Peterson, C. & Seligman, M. (2004). Character Strengths and Virtues: a Handbook and Classification. New York: Oxford University Press. Seligman, M. (2009). Felicidade Autêntica: usando a Psicologia Positiva para a realização permanente. Rio de Janeiro: Objetiva. Seligman, M. (2011). Florescer: uma nova compreensão sobre a natureza da felicidade e do bem-estar. Rio de Janeiro: Objetiva. Snyder, C. R. & Lopez, S. J. (2009). Psicologia Positiva: uma abordagem científica e prática das qualidades humanas. Porto Alegre: Artmed.