A partir de considerações sobre a emergência do vínculo de filiação e parentalidade como conseqüência de um processo interativo entre a criança e os adultos que lhe dispensam os cuidados necessários para a sua sobrevivência, serão analisadas as especificidades da construção do vínculo parental-filial na adoção. Será desenvolvida a idéia de que nas adoções tardias as crianças possuem menor capacidade de contribuir para a emergência do vínculo, e assim, dependeriam muito mais da capacidade e da competência de cada sujeito parental para responder as demandas da adoção. Serão exploradas as variáveis influentes e os fatores que contribuem para a constituição da parentalidade na adoção tardia. Refletir sobre a construção do vínculo, e analisar os fatores que atuam no processo de formação da parentalidade, e dos laços de filiação na adoção tardia é o objetivo deste trabalho.