A família em sua relação contínua cria padrões e organizações singulares. Por meio de suas trocas afetivas e intercâmbios comunicativos, tece singularmente seu envoltório com uma rede complexa que conecta todos os seus membros, produzindo elos de ligação. Essas conexões uma vez estabelecidas estão presentes entre os sujeitos, nos sujeitos e, se considerarmos seus ascendentes, transcendem aos sujeitos, ou seja, as formas de relação tem sua constituição antes dos mesmos surgirem, e, alguns dos produtos dessas relações podem ser passíveis de modificação e outros resistentes a ela. Nesse sentido, o presente trabalho pretende demonstrar como as transmissões geracionais são processadas ou não pelo aparelho psíquico, bem como os meios que a família dispõe para operar no mesmo. Para tanto, utilizou-se uma revisão bibliográfica da abordagem psicanalítica e sistêmica, respectivamente. O estudo permitiu identificar a universalidade da transmissão, diferenciando-se em seu grau de intensidade em proporcionar ou prejudicar o desenvolvimento de seus membros.