TRABALHO A SER APRESENTADO EM MESA REDONDA COORDENADA PELA PROFA.DRA. MARIA LUIZA PUGLISI MUNHOZ, DE TÍTULO: FAMÍLIA NA EDUCAÇÃO: NOVAS CONTRIBUIÇÕES Resumo: O Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade tem sido descrito na área médica como “distúrbio neurocomportamental mais comum na infância”, este distúrbio tem maior predominância em crianças na idade escolar, porém é pouco conhecido pela família e por profissionais da área educacional. Nos atendimentos aos pais e professores podemos assinalar o quanto crianças e jovens adolescentes que apresentam transtorno de atenção e hiperatividade tem acusado conflitos e dificuldades nas interações familiares. Tendo como objetivo para este tema facilitar o convívio aluno-professor-familia diante de um quadro de hiperatividade, procuramos entender o que mais incomoda aos familiares e aos profissionais da educação criando um “espeço conversacional” entre pais e professores sobre seus filhos e alunos para identificar os conflitos emergentes nestes sistemas interdependentes e inter-relacionais. Os participantes da pesquisa foram 12 familiares e 12 professores de alunos do 3º.. ano do ensino fundamental de escola particular da região oeste de São Paulo, representantes da camada sócio-econômica e intelectual média alta. Os dados coletados foram categorizados e analisados a partir dos procedimentos de Análise de Conteúdo como descrito por Franco (2009). Para o desenvolvimento deste estudo nos apoiamos teoricamente nos conceitos e desenvolvimento da Hiperatividade descritos por Topazewski (1999), em Munhoz ( 2003) que define família como um sistema social que interage e se comunica com os outros sistemas no qual se insere e sobre os procedimentos do espaço conversacional nos referimos a Anderson (2009) e Vasconcellos (2006). Os resultados indicam que os pais reclamam da agitação do filho, sua inquietude, desatenção, enquanto os professores queixam-se de que seus alunos não obedecem a ordens, atrapalham as aulas e não prestam atenção. Dessa forma, o aluno é considerado como avoado e estabanado, demonstrando que a dificuldade do TDAH, ultrapassa o cotidiano familiar, escolar e neurológico. Assim, é de valor e importância que esses sistemas se comuniquem na compreensão deste distúrbio para que na troca de informações e de orientações desenvolvam novos métodos de educação para ajudar a criança no processo de aquisição de sua autonomia, identidade e inserção no mundo em que vive. Palavras chaves: Família, Educação, Hiperatividade,Espaço conversacional Referências: Anderson, H.(2009).Conversação, linguagem e possibilidades : um enfoque pós-moderno da terapia. tradução Mônica Giglio Armando; São Paulo: Editora Roca. Franco, M.L.P.B. ( 2007) Análise de Conteúdo, 2a.edição. Brasilia: Liber Livro editora. Munhoz,M.L.P. ( 2003) Questões familiares em temas de psicopedagogia. São Paulo: Memnon edições científicas. Topazewski, A.(1999) Hiperatividade: como lidar? São Paulo: Casa do Psicólogo. Vasconcellos, M. J. E. (2006), Pensamento Sistêmico: O Novo Paradigma da Ciência . 5ª ed. São Paulo: Editora Papirus.