39. MÉTODO AUTORREFERENCIAL NA FORMAÇÃO DO PSICÓLOGO SISTÊMICO

GRAZIELLE COELHO MEDEIROS STIEFELMANN; ANGELA BEATRIZ SAND; TELMA PEREIRA LENZI; CARLA FERNANDA BASTOS FERRARI. MOVIMENTO - CLÍNICA E ESCOLA DE PSICOLOGIA SISTÊMICA, FLORIANÓPOLIS - SC - BRASIL.

Os cursos de Formação são uma modalidade de qualificação profissional de psicoterapeutas desenvolvida no país inteiro. Porém, os desafios que se apresentam para o terapeuta dos dias de hoje, nos levaram a buscar uma perspectiva pós moderna, convidando para a construção do conhecimento, a reflexão e as trocas colaborativas. Dentro desta epistemologia, desenvolvemos o método que chamamos de vivencial na autorreferência. Este método inicia conduzindo o olhar para a história do aluno como pessoa, o que permite uma melhor compreensão e vivência da teoria. Pretende-se, com este pôster, apresentar e refletir sobre os benefícios que o método vivencial proporciona na formação profissional de psicólogos, a partir da experiência do Movimento – Clínica e Escola de Psicologia Sistêmica. A metodologia de ensino conta com: trabalho autorreferencial reflexivo, estudo teórico e prática clínica (com Equipe Reflexiva e supervisão ao vivo desde o primeiro ano do curso). A parte prática/estágio do curso acontece na ASSIM, uma instituição sem fins lucrativos, nascida em 2007, com o objetivo de ampliar a Clínica Social do Movimento. Esse método possibilita vivenciar e introjetar os conceitos teóricos para que aconteça a mudança de paradigma interno do aluno (pensamento sistêmico e visão narrativa para os fatos e relações), bem como a ampliação do conhecimento e reflexão de sua história pessoal e familiar. Esta possibilidade de Formação oferece subsídio emocional, técnico e teórico, por possibilitar um olhar para o mundo interno de cada aluno, propiciando a construção do seu papel como terapeuta sistêmico. Assim, este profissional desenvolve sensibilidade e ampliação de sua visão para o contexto geral do paciente, ampliando o foco além do mundo interno, onde o terapeuta passa a ser co-responsável pelos efeitos que as atitudes de seus pacientes geram na sociedade, propiciando o contato deste profissional com sua responsabilidade social. Referências: ANDERSEN, Tom. Processos reflexivos. Rio de Janeiro: Instituto NOOS, 2002. ANDERSON, Harlene. Conversação, linguagem e possibilidades: um enfoque pós-moderno da terapia. São Paulo: Roca, 2009. GERGEN, Kenneth J.; MCNAMEE, Sheila. A Terapia como Construção Social. Porto Alegre: Artes Médicas, 1998. GERGEN, Kenneth J.; GERGEN, Mary. Construcionismo social: um convite ao diálogo. Rio de Janeiro: Instituto Noos, 2010. GRANDESSO, Marilene. Sobre a reconstrução do significado: uma análise epistemológica e hermenêutica da prática clínica. São Paulo: Casa do Psicólogo, 2000. LENZI, Telma. Olhar sistêmico… para o mundo. Florianópolis: ASSIM, 2009. WHITE, Michael; EPSTON, David. Medios narrativos para fines terapéuticos. Buenos Aires: Paidós, 1993.