Ao atentar para a configuração das famílias reconhece-se a importância das influências intergeracionais, que se encontram frequentemente ocultas e dificilmente reconhecidas na família. A partir do momento que uso a ótica intergeracional e a Leitura Evolutiva e Instrumental Mítica; posso verificar a amplitude e diversidade dos problemas que se repetem através das gerações. Os mitos que identificamos em uma família podem ser qualificados em Mitos Nocivos e Desorganizadores na medida em que possibilitam condições para aumentar o estresse familiar, provocam ansiedade, rupturas, cisões, coalizões, distanciamentos físicos, condutas depressivas e de alienamento e drogadição entre outras. Com freqüência criam condições para o estabelecimento de estigmas e profecias familiares. O sentido que existe na própria família pode ser diretamente relacionada à questão da violência. A família pode se identificar como “violenta”, “má” ou se desqualificar ”não presta”, o que pode ser favorecido por outros sentidos presentes na vida das mulheres como “nascemos para ser infelizes” “ ficar junto apesar de tudo”, mostra o estigma ou impossibilita as pessoas de deixarem de cumprir a profecia da repetição. Apresento um modelo a ser realizado que proporciona o uso de rituais terapêuticos que geram a potencialização ou a esconjuração dos conteúdos com os quais se escolhe trabalhar. *:Marilene Krom Psicoterapeuta individual e familiar. Doutora em Psicologia Clínica pela PUC São Paulo. Docente aps. da Unesp Departamento de Psicologia. Professora convidada do curso de especialização em psicologia clínica- Centrinho USP – Bauru Autora dos livros: “Leitura e Diferenciação do Mito ”Histórias familiares de adolescentes com problemas. Summus Editorial. “ Família e Mitos” Prevenção e Terapia. – Summus Editorial. “ Desvendando Mitos” – Summus Editorial em lançamento.